Notícia

Mutirão social na Ceasa leva serviços e conscientização sobre o trabalho infantil à Zona Norte do Rio

Um mutirão de atividades sociais vai invadir a Ceasa, em Irajá, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (dia 15). Das 9h às 13h, pelo menos dez tendas serão montadas na central de abastecimento vão oferecer serviços, como vagas para oficinas de desenvolvimento profissional, por exemplo. A iniciativa faz parte de uma série de ações de conscientização e enfrentamento ao trabalho infantil que a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos vai desenvolver em parceria com outros entes públicos na região.

— Cuidamos de crianças vulneráveis e sabemos o quanto o trabalho infantil fragiliza os seus futuros — disse a secretária Laura Carneiro.

De acordo com a pasta, os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) poderão identificar crianças e adolescentes que estejam em trabalho infantil. Além disso, os Centros de Referência em Assistência Social (CRAs) farão cadastramentos no CadÚnico, que reúne os benefícios sociais do governo federal, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC, no valor de um salário mínimo por mês para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência carentes). A Coordenadoria Antidrogas promoverá oficinas de prevenção.

A pasta ressalta que as atividades marcam a retomada da parceria entre a Assistência Social e a Ceasa para ações contínuas de conscientização e enfrentamento à exploração sexual e ao trabalho infantil. Equipes de profissionais da secretaria circularão pelo mercado de Irajá e pelo seu entorno para fiscalização. As equipes vão oferecer serviços para crianças, adolescentes e suas famílias.

Parceria

A iniciativa faz parte de parte de parceria entre a Secretaria de Assistência Social, Ministério Público do Trabalho, Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente (Fepeti) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA/Rio). O objetivo é conscientizar sobre o trabalho infantil e seus efeitos perversos ao desenvolvimento de crianças.

Também participarão do mutirão as secretarias municipais de Educação, verificando se crianças estão matriculadas na rede escolar; e Especial da Juventude Carioca, com a divulgação do programa Identidade Jovem, que possibilita meia-entrada em eventos culturais e esportivos, além de vagas gratuitas ou com desconto no sistema de transporte coletivo interestadual.

Haverá ainda uma roda de conversa sobre o Estatuto da Juventude e os direitos dos jovens. A Secretaria de Cultura vai ofertar cursos e oficinas nas lonas culturais da região, e a Comlurb vai mostrar o caminho de ingresso no programa Jovem Aprendiz.

A Secretaria de Saúde, a Vila Olímpica de Acari, a União das Associações e Cooperativas de Pequenos Agricultores Rurais do Estado do Rio de Janeiro (Unacoop) e o Instituto Educacional Araújo Dutra também farão parte das ações.

No evento, equipes com totens sensoriais móveis de álcool gel presos ao corpo circularão higienizando as mãos dos participantes e orientando sobre medidas de prevenção ao coronavírus. Serão obrigatórios o uso de máscaras de proteção facial e o distanciamento social.

Levantamento

Até o próximo ano, mais 8,9 milhões de crianças e adolescentes correm o risco de ficar em situação de trabalho infantil em todo o mundo, devido à pandemia de coronavírus, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU), que escolheu 2021 para ser o ano de combate ao trabalho infantil.

De acordo com o documento “Estimativas globais de 2020, tendências e o caminho a seguir”, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o número global é de 160 milhões.

Fonte: Jornal EXTRA

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