Câmara aprova proposta que institui campanha de prevenção à exposição indevida ao sol

Texto segue para sanção presidencial

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) projeto de lei que institui uma campanha nacional de prevenção sobre a exposição indevida ao sol, a ser veiculada anualmente pelo poder público nos meios de comunicação durante as férias escolares. A proposta será enviada à sanção.

O texto aprovado é um substitutivo do Senado para o Projeto de Lei 3796/04, da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ). O objetivo é conscientizar os cidadãos dos riscos e das consequências da exposição indevida e implementar medidas para facilitar ou possibilitar o acesso do cidadão ao protetor, bloqueador ou filtro solar.

Para isso, a proposta prevê a redução, por meio de lei específica, dos tributos incidentes sobre esses produtos ou mesmo a isenção de qualquer tributação.

O substitutivo dos senadores foi aprovado em 2011 pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara e pela denominada, à época, Comissão de Seguridade Social e Família.

Nos pareceres, foi recomendada a rejeição de dois itens que foram excluídos: um deles tornava obrigatória a inclusão do protetor solar no equipamento de proteção individual dos trabalhadores que se expõem ao sol por conta de suas atividades; e o outro previa o fornecimento gratuito desses produtos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) portadores de doença causada ou agravada pela exposição ao sol.

“Eu gostaria que os bloqueadores fossem entregues gratuitamente à população. Isso não foi possível, mas nós conseguimos avançar com a possibilidade de uma lei específica que trate das alíquotas dos bloqueadores, o que contribuirá também com a saúde das milhares de pessoas que sofrem de lúpus no País”, afirmou a autora.

Por acordo dos partidos, um destaque da Federação Psol-Rede retirou do texto também a exigência de que, nas campanhas, os fabricantes incluíssem na publicidade e nas embalagens ou etiquetas desses produtos advertências sobre a exposição ao sol.

Segundo Laura Carneiro, o pedido de retirada do trecho foi feito pelo Novo, que temia a abrangência em relação aos pequenos produtores.

Lúpus
Originalmente, o projeto era mais abrangente e citava como público-alvo da política os portadores de doenças como varicela e Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Esse trecho não prevaleceu na redação final.

Debate
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), o projeto é meritório. “Nós sabemos como a exposição indevida ao sol provoca danos à saúde e há de se ter a responsabilidade de fazer campanhas, várias campanhas que busquem esclarecer esses malefícios”, afirmou.

Segundo o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), a tramitação demorada do projeto revela o que considerou um “ritmo complicado” do Parlamento. “A proposta tramita na Casa desde 2004. É um projeto de uma simplicidade imensa, a ponto de fazer este Plenário aprová-lo agora, depois que o Senado reviu a matéria. Isso é muito importante”, disse.

Se o projeto virar lei, as normas entram em vigor depois de 180 dias.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Sobre a laura Carneiro

Laura Carneiro é advogada formada pela UERJ, aos 22 anos. Coautora do Estatuto do Idoso, autora de milhares de proposições e de leis de defesa da mulher, da criança e do adolescente. Foi vereadora pela primeira vez aos 25 anos e está em seu quarto mandato. Também já foi deputada federal quatro vezes. Neste quinto mandato, já foram sancionadas quatro leis de sua autoria. Entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de março de 2022, foi secretária municipal de Assistência Social pela segunda vez, quando criou a primeira política pública de combate à fome na cidade do Rio, o programa Prato Feito Carioca.

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